quinta-feira, 4 de junho de 2009

Severino Cavalcanti



Esse, com certeza, foi um dos maiores figuras do cenário político Nacional!
Quem não se lembra desse carismático personagem, que virou sinônimo de ignorância para um país inteiro de tanto que os meios de comunicação martelaram essa idéia.

Antes de renunciar à presidência da Câmara dos Deputados, em 2005, o ex-deputado federal, pelo partido progressita (o mesmo de Maluf), Severino Cavalcanti foi alvejado por duro discurso do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ). “A sua presença na Presidência da Câmara é um desastre para o Brasil e para a imagem do País. Ou Vossa Excelência começa a ficar calado, ou vamos iniciar um movimento para derrubá-lo”, atacou Gabeira, referindo-se à “maneira indigna” de condução dos trabalhos.



Esse tal movimento para depor Severino Cavalcanti que o Gabeira comentou, talvez tenha caido no gosto dos meios de comunição. Sua imagem foi amplamente atacado. Tanto é que, pouca gente conhecia Cavalcanti antes dessas constantes gafes.
Que aliás, não são poucas.

* "Que maravilha! Que maravilha! Eu só ouço aplausos. As vaias são para o governo."
- presidente da Câmara dos Deputados, ao ser vaiado no 1º de Maio de 2005, em São Paulo

* "Essa história de nepotismo é coisa para fracassados e derrotados que não souberam criar seus filhos."
- presidente da Câmara dos Deputados, ao defender a nomeação de seu filho, José Maurício, para um cargo federal em Pernambuco

* "Esse aqui é o dono do Brasil. Ele manda no Brasil."
- dirigindo-se a Lázaro Brandão, presidente do Bradesco, em reunião com empresários, em São Paulo

* "Eu daria zero para aqueles programas onde aparece mulher beijando mulher e homem beijando um homem. Não só novelas, mas programas de um modo geral. Mas aproveitam as novelas para apresentar esses temas que só fazem ferir a família brasileira."
- em abril de 2005, ao tornar público um projeto de lei de sua autoria

* "Sou um homem cristão e por isso tenho votos. Quando fui inquirido aqui pelos homossexuais, com o senhor Gabeira à frente, bateram palmas para mim”
- Severino Cavalcanti, então presidente da Câmara, ao polemizar no plenário com o deputado Fernando Gabeira, que pedia a sua saída do cargo, em setembro de 2005

Em uma de uas gafes mais clássicas,




(Severino Cavalcanti e seu imenso conhecimento sobre o trabalho da câmara)

As gafes não param por aí. EM uma dessas engraçadas entrevistas, cavalcanti afirmou que o estupro é “um acidente horrendo” e que “homem que faz o estupro devia ter a pena de morte”. Cavalcanti também se diz contra o aborto mesmo em caso de violência sexual.

“A vida pertence a Deus. Tenho vários exemplos de mulheres que são felizes com seus filhos, mesmo que tenha sido um acidente horrendo” Questionado se é a favor do uso do preservativo, o presidente saiu pela tangente. “Você está sendo muito indiscreto. Essa resposta não vou dar.”

Cavalcanti também afirmou que para casar “a mulher tem que ser virgem, pura. O homem, às vezes, quer aprender como faz o serviço” Para ele o que vale para o homem não vale para a parceira.

Para o presidente, “é evidente” que a vida sexual deveria começar só no casamento. “Eu era um homem puro. Casei com uma mulher que me serviu”. Questionado pela jornalista Danuza Leão se quis dizer que havia casado virgem, mais uma vez saiu pela tangente. “Mais ou menos. A mulher tem que ser virgem e pura”. Da mesma jornalista veio outra pergunta: a mulher tem direito de casar “mais ou menos” pura? A resposta foi clara. “Não. Acho que a mulher tem que ser virgem. Tem que ser pura”, repetiu.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Campanhas e mídia no mesmo rumo


Por José Branco Neto e Rahal Rahal

Várias campanhas são apoiadas pela mídia. A grande maioria delas são muito bem sucedidas. Outras nem tanto, por conta da pouca intensidade de seu poder de convencimento e persuasão. Geralmente, as campanhas publicitárias relacionadas à prevenção de doenças, acidentes, melhoria de vida do cidadão, ganham maior destaque nos meios de comunicação. A pergunta é por que há este empenho da mídia em apoiar tais movimentos?

Simples. A mídia tem função de regulamentar a informação, fazendo seu papel de mediação, diante da sociedade. Neste caso, quando o assunto é envolver a preservação do ser humano, os meios de comunicação têm o papel fundamental de reforçar as campanhas, com notas, comentários, matérias, debates, e por isso, muitas vezes, consegue-se um efeito positivo. Um caso específico, e que até hoje continua colhendo frutos, é à campanha incessante pelo uso da camisinha.



No decorrer da última década, apoiada pelo Governo Federal, a mídia bateu muito na tecla do uso do preservativo, intensificando sua campanha na época do Carnaval. Com vídeos passando diversas vezes ao dia na TV, matérias escritas divulgadas em revistas, jornais e Internet, os números da Natalidade no país e do número de DST’s diminuíram no Brasil, inclusive o número de aidéticos.



Segundo dados do IBGE, nos últimos anos, o número de filhos no país cresceu muito. Nos anos 40, era no mínimo normal um casal possuir quatro filhos. Nos dias atuais, um é o comum, dois é o limite, e três é um número considerado alto. O foco principal da campanha acabou sendo a questão das doenças.


Mesmo com muito espaço na TV, o governo utilizou a Internet como um grande explicativo para a prevenção de doenças. No site http://www.aids.gov.br/main.asp, há um explicativo geral dos problemas das DST’s podem ser encontrados, além de formas de prevenção e onde tratar essas doenças.

Fato que comprova a eficiência da mídia, são os resultados comparativos entre 2000 e 2007. Nos locais mais carentes, onde a mídia não consegue chegar com todo o seu poder, caso das regiões Norte e Nordeste, a taxa de pessoas infectadas com o HIV aumentou consideravelmente. Já nas regiões mais desenvolvidas, onde o acesso à informação é maior (Sul e Sudeste), o número praticamente ficou estável.

Confira as estatísticas sobre a Aids no Brasil: http://forum.aids.gov.br/index.php?q=numeros-da-aids-no-brasil


Outra campanha não tão presente quanto à da camisinha, foi a do álcool junto à direção. O breve período veiculado na mídia, devido ao início da Lei Seca, diminuiu o número de acidentes e de pessoas dirigindo embriagadas num curto espaço de tempo, nos dois primeiros meses. No entanto, este ano, no feriado prolongado da páscoa, o número de acidentes superou o de 2008, com 58vítimas fatais.

Fica a dúvida, neste caso, quanto ao período de tempo em que a mídia regulamenta as campanhas de prevenções. Aliado a postura do Governo, que intensifica suas campanhas principalmente em época de feriado, final de ano, carnaval, os meios de comunicação são fundamentais para que a campanha possa atingir o maior número de pessoas, porém, muitas vezes a descontinuidade da informação faz a mensagem cair no esquecimento.